O professor argentino pesquisou editoriais e manchetes destes veículos constatando que eles ajudaram a gerar um clima favorável à ruptura institucional, ao golpe militar. Conforme o relato de Taroncher, havia um grande descrédito da sociedade nos partidos políticos e do sistema eleitoral, considerados entraves ao desenvolvimento do País. Pesquisas realizadas na época mostraram que 66% da população achava que os partidos estavam mais preocupados em ganhar eleições do que resolver os problemas. "O que se dizia era que a legalidade não estava servindo para nada, que o desenvolvimento era possível, mas sem os partidos políticos". Neste contexto, o Brasil, que já vivia a ditadura, era apontado como modelo devido aos índices de crescimento econômico. Os semanários argentinos tachavam o governo Illia de lento, velho, fraco e inadequado aos anseios do País. "O golpe de 66, que considero cívico-militar, foi muito esperado pela nação e não só porque foi incentivado por estas revistas". Além de mostrar imagens que mostram Arturo Illia um velho fraco, antiquado e ineficiente as revistas também degradaram os partidos políticos. Por outro lado, os militares eram representados pelos semanários como símbolos de força, vigor e competência. "A imprensa atuou como ator político neste episódio".
O tema da palestra refere-se à tese de doutorado do professor Taroncher, defendida na Faculdade de Geografia e História da Universidade de Valência, na Espanha. A tese deu origem ao livro "La caída de Illia. La trama oculta del poder mediático" (Vergara Editores), de 2009. Taroncher é professor da Universidade Nacional de Mar del Plata, na Argentina.
O evento foi promovido e organizado pelo POSCOM da UFSM. Merecem os parabéns pela organização relâmpago a professora Eugenia, a Denise, a Luciana, o Fabiano Maggione, a Laura, a Gisele e todos que ajudaram na divulgação.
Texto e foto: Silvana Dalmaso
O evento foi promovido e organizado pelo POSCOM da UFSM. Merecem os parabéns pela organização relâmpago a professora Eugenia, a Denise, a Luciana, o Fabiano Maggione, a Laura, a Gisele e todos que ajudaram na divulgação.
Texto e foto: Silvana Dalmaso
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